domingo, 25 de outubro de 2015

Correlação entre ansiedade e depressão



Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgados em abril, 350 milhões de pessoas em todo o mundo apresentam quadro depressivo. Esses estados depressivos são diagnosticados considerando a sintomatologia apresentada e o período de tempo das ocorrências. A depressão apresenta alguns sintomas por um espaço de tempo superior a 6 meses, como: irritabilidade, insônia ou sonolência excessiva, sentimento de culpa, sentimento de inutilidade ou fracasso, choro sem razão aparente, tristeza persistente e desânimo ao realizar atividades que antes lhe eram prazerosas.

Embora esse quadro depressivo seja o estado no qual o indivíduo se encontra neste momento, é importante investigar como foram as primeiras vezes nas quais os sintomas se instalaram. Em grande parte dos casos esse fato passa despercebido, devido ao ritmo de vida agitado que levamos, não percebemos que uma dor de cabeça ou no corpo pode estar associada a ela, bem como aquilo que julgo como alterações de pressão arterial ou do índice glicêmico, podem ser sintomas iniciais de ansiedade que geralmente antecede ao quadro depressivo.


A ansiedade é necessária para mover-nos no nosso dia a dia, sentimos ansiedade antes de uma entrevista de emprego, antes de uma prova ou diante de algum acontecimento marcante em nossas vidas, o problema ocorre quando ela torna-se descontrolada e apresenta sintomas que interferem nos afazeres diários como trabalho e vida social, sendo que na maioria das vezes não sabemos qual sua origem, trata-se então do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) que apresenta sintomas como: falta de ar, palpitações, taquicardia, aumento da pressão arterial, náuseas, tremores, alteração nos hábitos intestinais, sensação de desconexão da realidade, aperto no peito, dores musculares, dores de cabeça e sensação de medo intenso causando pânico.

Vem então o medo de sentir medo, que faz com que o indivíduo deixe de ir a locais públicos que geralmente são os primeiros locais onde a crise ansiosa se manifesta. Em decorrência das crises ocorrem pensamentos de impotência e descontrole quanto as emoções, gerando isolamento social e labilidade emocional, seguido por comportamentos evitativos como forma de autopreservação o que leva a pessoa a depressão devido a perda de identidade que vivencia juntamente com a TAG.
Em outros casos, devido a sintomatologia apresentada, o paciente é diagnosticado com doenças físicas, e percebe que não se trata de algo físico quando a medicação prescrita não faz efeito e que os sintomas continuam a ocorrer de forma mais intensa.


O tratamento para a TAG em alguns casos inclui sessões de Reiki e o uso de florais, a prática de atividades físicas como a yoga ajuda a liberar serotonina (hormônio do bem-estar), bem como a psicoterapia e o uso de medicação ansiolítica ou antidepressiva para controlar os sintomas, quando o indivíduo já não consegue exercer suas atividades cotidianas.
Embora o tratamento medicamentoso traga efeitos rápidos para o indivíduo, devido a recaptação de serotonina, é indispensável o atendimento psicoterapêutico , pois através da psicoterapia é possível chegar a raiz do problema, através de mecanismos que despertem para a cura do estado ansioso devido a ressignificação e reconstrução da identidade do cliente, basta um olhar humanamente diferenciado para a angústia do outro.
Ao investigarmos os fatores que levam a TAG tem-se geralmente algum processo de ruptura como base e aquilo que afeta a psique exige de nós autoconhecimento e a vontade da cura, uma cura que não vem por meio apenas de medicação, mas da força de vontade e a busca por ela.
A pessoa que vivencia tanto a TAG quanto o quadro depressivo entende a importância de viver um dia de cada vez, a importância de recomeçar, de controlar a respiração e os pensamentos, se tornando a cada dia mais consciente de que para tudo existe um caminho de cura. Pois, “faz parte da cura o desejo de ser curado” – Sêneca.

http://www.patriciahornburg.com.br

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Mulher relata parto com menos dor após uso de técnicas de hipnose

Cintia Baio

  • Arquivo Pessoal
    Clarissa (na foto com o marido) aprendeu hipnose e usou as técnicas no parto da filha
    Clarissa (na foto com o marido) aprendeu hipnose e usou as técnicas no parto da filha
    O trabalho de parto da advogada Clarissa Homsi, 44, durou pouco mais de três horas e foi, nas palavras da própria, "tranquilo", em grande parte por causa das técnicas de auto-hipnose.

    "Fiquei boa parte do tempo ouvindo um CD de relaxamento e fazendo as visualizações que aprendi no curso. Pari praticamente sozinha, no banheiro de casa, e tive umas seis contrações fortes. Estava completamente consciente e me sentia no controle de tudo. Doeu, mas nada que me fizesse ir para o hospital ou pedir anestesia, como foi na primeira gravidez."

    No sétimo mês de gestação, uma amiga de Clarissa sugeriu que ela lesse um livro e fizesse um curso sobre hipnose. A obra em questão era "Hypnobirthing – the Mongan Method" ("Hipnonascimento - o Método Mongan", em livre tradução do inglês), escrito pela hipnoterapeuta americana Marie Mongan, criadora da técnica que busca, por meio da auto-hipnose, visualizações e respirações, deixar a mulher relaxada, concentrada e confiante para o parto.

    "O objetivo é fazer a gestante perceber que parir é algo totalmente natural e que o corpo sabe fazer isso muito bem", afirma Lúcia Junqueira, fisioterapeuta, doula e responsável pelos cursos de "hypnobirthing" no Brasil.

    A técnica, ainda tímida no Brasil, mas bastante utilizada em outros países desde 1880, está longe de ser como a que costumamos ver na TV, com alguém em transe, inconsciente e executando ordens de quem a hipnotizou.

"Isso é clichê. A mulher fica completamente consciente e controla todo o trabalho de parto. O que fazemos é ensinar a auto-hipnose para a gestante", diz o obstetra e hipnoterapeuta Osmar Ribeiro Colás, especialista no assunto.

Segundo Colás, durante o pré-natal, a grávida frequenta sessões ou faz um curso breve no qual são ensinadas técnicas de respiração, relaxamento e visualização, que induzem à auto-hipnose.

"É possível usar o recurso apenas no momento do parto, em vez das sessões no pré-natal, mas existe um número muito pequeno de profissionais capacitados. Por isso, o mais comum é a auto-hipnose. A ideia é a gestante aprender sozinha a controlar sua dor, que continua a existir, mas que pode ser menor e interpretada de outra maneira", fala o obstetra.

Um curso do tipo dura 12 horas e meia, geralmente é feito em grupo e custa R$ 990 (gestante e acompanhante). Nele, a mulher aprende as técnicas de controle para cada momento do parto e como encará-lo de maneira positiva. De acordo com Lucia, o ideal é que ele seja feito a partir da 14ª semana de gestação.

Eficiência varia
Segundo especialistas consultados, a mulher é quem decide se quer ou não a presença do profissional na hora do parto. Eles afirmam que, na maioria das vezes, a participação não é necessária. "Nosso trabalho é deixar a mulher confiante para fazer sozinha", diz o psicanalista Luciano Sampaio, de Fortaleza. Para ele, em alguns casos, a hipnose pode reduzir a dor pela metade. "O importante é conversar com alguém do corpo clínico, como o obstetra, anestesista ou enfermeira para que eles estejam cientes das técnicas."

No Brasil, a prática de hipnose é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, de Odontologia, de Psicologia, de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional.

Para a anestesista Monica Siaulys, o grau de eficácia da técnica depende muito de características individuais de cada paciente e de cada gestação. "O que funciona para uma paciente não necessariamente funcionará da mesma forma para outra ou até mesmo para mesma paciente, em uma outra gestação."
Fonte: mulher.uol.com.br

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Hipnoterapeuta ensina 10 dicas para os pais fazerem a criança obedecer

  • Getty Images
    Pais podem persuadir filhos com palavras
    Pais podem persuadir filhos com palavras
 Do UOL, em São Paulo (fonte: mulher.uol.com.br)
Para a hipnoterapeuta Alicia Eaton, autora de "Palavras que Funcionam: Como Conseguir que as Crianças Obedeçam a Quase Tudo" (em tradução livre do inglês), isso acontece porque os pais não utilizam a linguagem correta ao se comunicarem com os filhos.
Em seu livro, ainda não publicado no Brasil, Alicia, que é especialista em PNL (Programação Neurolinguística), explica que as mesmas estratégias utilizadas para persuadir os adultos podem ser adaptadas para as crianças. E isso sem a necessidade de gritar, ameaçar ou conquistá-las com presentes.
A técnica consiste em modificar a postura e adotar um discurso mais assertivo, com foco em alternativas positivas para estimular a autonomia das crianças, fazendo com que se sintam capazes.
Em entrevista ao jornal britânico "Daily Mail", a terapeuta ensinou dez truques que, segundo ela, todo pai deve experimentar. Confira.

1 - Enfatize o que deve ser feito

Frases como "não faça bagunça em seu quarto" ou "quantas vezes vou ter de falar para você não empurrar sua irmã?" são contraproducentes e acabam por gerar um círculo vicioso de reclamações. Para Alicia, a maioria dos pais não percebe que usa uma linguagem negativa ao conversar com os filhos e depois se surpreende por eles não fazerem o que pedem. A saída é transformar as frases usando uma linguagem positiva: "vamos deixar a sala arrumada e guardar os blocos de montar", "os sapatos ficam na sapateira", e "é bom nos aprontarmos logo para chegar à escola cedo hoje".

2 - Crie a ilusão de que há escolha

Quando a criança tem tendência a ignorar o pedido dos pais, é preciso direcioná-la a realizar a tarefa oferecendo a impressão de que ela tem escolha. Em vez de dizer "vista-se logo para que possamos sair", diga: "qual camiseta você prefere usar hoje, a vermelha ou a azul?". Segundo a autora, isso pressupõe que ela já tenha concordado em se vestir, rompendo a barreira inicial que poderia levar a um impasse. Da mesma maneira, se há uma relutância em fazer a lição de casa, a sugestão é que os pais perguntem: "você prefere fazer a tarefa agora ou depois do lanche?".

3 - Demonstre certeza de que será atendido

Segundo a hipnoterapeuta, a palavra "quando" tem a capacidade de passar a ideia de que algo, de fato, irá acontecer em breve. Ela sugere usar o termo em frases como: "quando você concluir a arrumação do seu quarto, iremos almoçar", "quando terminar a lição de matemática, faremos um passeio no parque", "quando colocar o uniforme, tomaremos café".

4 - Crie uma conexão com seu filho

De acordo com Alicia, estabelecer uma conexão com as crianças por meio da linguagem pode ser uma ferramenta bastante eficaz para que elas realizem o que está sendo pedido. A ideia é criar reciprocidade, colocando-se no lugar do filho e permitindo que ele se também se enxergue no lugar dos pais. Isso pode ser conseguido por meio de expressões como: "assim como eu, você também sabe que é muito mais fácil fazer a lição se a mesa estiver organizada" ou "eu, como você, gosto de assistir à TV, mas agora é hora de dormir". Validar os desejos e opiniões da criança faz com que ela tenha mais autoestima.

5. Agradeça antes mesmo de ser atendido

Estamos acostumados a agradecer somente após algo ser feito, mas Alicia propõe que o agradecimento dos adultos seja feito antes mesmo de a tarefa ser cumprida pelo filho. Para ela, a estratégia funciona porque, de maneira geral, as crianças gostam de agradar às pessoas, especialmente aos pais. Então, da próxima vez que pedir a seu filho que lave as mãos, vá para a mesa ou desligue a TV, agradeça ao fazer ao pedido: "por favor, desligue a TV agora, obrigada".

6 - Explique os motivos

Os pais tendem a imaginar que os filhos irão compreender automaticamente a necessidade de realizar determinadas tarefas. Mas a ordem de prioridades das crianças, quase sempre, é inversa a dos adultos. É preciso, portanto, explicar os motivos com clareza: "você precisa almoçar agora porque tem dentista em seguida" ou "comer os vegetais é importante para ter saúde".

7 - Comece as frases com palavras de atenção

Ao dizer: "escute", "veja", "pense" ou "preste atenção" antes de fazer um pedido, as chances de a criança ouvir são maiores. Isso porque essas palavras dão um peso maior ao que vai ser pedido: "escute, precisamos sair agora, senão perderemos o ônibus". Ao mesmo tempo, é possível motivar a criança a realizar algo, dizendo: "pense como será boa a sensação de ter terminado a sua tarefa quando sairmos".

8 - Transforme queixas em gatilhos para soluções

Algumas crianças têm o hábito de reclamar constantemente, mas é possível usar as queixas como ganchos para buscar soluções. Por exemplo, se a criança reclama que está com calor, Alicia indica apresentar opções para solucionar a questão: "o que faria você se sentir melhor: abrir a janela ou tirar a jaqueta?". Quando a reclamação tem um tom bastante negativo como "odeio dividir meu quarto", a especialista recomenda perguntar: "o que há de tão importante em ter um quarto só para você?". Ao propor uma reflexão a respeito do assunto, muda-se o foco e se coloca um ponto final na queixa.

9 - Induza atitudes positivas

Há situações em que a criança fica apreensiva por algo que ainda não aconteceu. Nesses casos, Alicia recomenda mostrar que a preocupação aparece como alerta de que é preciso fazer algo para prevenir o problema e sugere focar na solução dizendo, por exemplo, "ficar preocupado com as provas é uma maneira de se lembrar da importância de estudar".

10 - Ajude seu filho a parar de falar "não consigo"

É preciso mostrar ao filho que as dificuldades podem ser superadas com esforço. Diante de frases como: "não consigo fazer esses exercícios de matemática", Alicia orienta lembrar outros desafios que já foram vencidos pela criança na escola, de maneira a ressaltar sua capacidade de aprendizado.

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