quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Hipnose: conheça os mitos dessa terapia, que pode tratar depressão, gagueira e até perda de peso

Sessão de hipnose: relaxamento profundo em prol da saúde

Thamyres Dias

Um pêndulo balança de um lado para o outro, frente aos olhos de um paciente vulnerável — quase fora de si. Para a maioria das pessoas, essa é a imagem que vem à mente quando o assunto é hipnose. Com mais de 300 anos de uso científico, a terapia ainda segue envolta numa aura de mistério e dúvidas. Na prática, não passa de uma técnica simples que leva a um relaxamento profundo.

— O paciente entra num transe, ou seja, um estágio entre o sono e a vigília. Há uma diminuição da frequência cerebral, a atenção fica concentrada, e a gente faz as induções de acordo com o tratamento. Não se usa pêndulo. Basta o comando da voz — explica a psicóloga e especialista em hipnose clínica, Miriam Farias.
No caso dos psicólogos, a hipnose pode ser usada como auxílio no tratamento de depressão, ansiedade, fobias, pânico, estresse, gagueira, dificuldade de aprendizado e até para perda de peso. Quando o paciente não consegue lembrar a origem do problema, é possível ainda fazer uma regressão.

— Algumas pessoas revivem o momento. Choram, se arrepiam, riem. Outras, conseguem se observar de fora, como um espectador de um episódio da sua vida — conta Miriam.

O tratamento é focal, ou seja, busca solução para uma questão de cada vez. Em média, os resultados surgem com dez sessões. No caso de André Hernandes a terapia se alongou por oito meses.

— Eu tinha dificuldade de aprendizado, de concentração. Quando comecei a hipnose, logo senti uma grande melhora. Mas, durante o tratamento foram surgindo outras questões e acabei continuando — conta o técnico de enfermagem, de 34 anos.

Também podem se especializar em hipnose clínica os profissionais de Medicina, Odontologia e Fisioterapia.

Uma aliada no trabalho
A hipnose também pode ser uma aliada do desempenho profissional. Motivação, autoestima, autoconhecimento e consciência das limitações são alguns dos tópicos trabalhados em empresas pelo hipnólogo Bruno Martins, da Humannum.

— É impressionante como as pessoas se assustam quando eu proponho o uso da hipnose. Esse estado de relaxamento, porém, faz parte de vários momentos na nossa vida, como quando você lê um livro e se desliga completamente. Não há o que temer.

Em alguns casos (como para quem sofre de insônia), o terapeuta pode passar técnicas para fazer em casa.
— Quando a pessoa está hipnotizada, ela não perde a capacidade de raciocinar — garante Miriam Farias.



Fonte: extra.globo.com

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